sábado, 25 de maio de 2019

História de "O quarto de Van Gogh em Arles"- Vincent van Gogh - 1889


"O quarto de Van Gogh em Arles"


1889
Óleo sobre tela
57,5 x 74cm
Musée d'Orsay, Paris (França).

Como se quisesse registrar a visão externa e interna de sua casa em Arles, Van Gogh pintou, duas semanas depois de finalizar A casa amarela, em outubro de 1988, a primeira versão dos três quadros que fez de seu quarto. "Hoje voltei a me dedicar à tarefa. Meus olhos ainda estão cansados, mas, enfim, tive uma ideia nova e este é o croqui. Desta vez, é simplesmente meu dormitório; só que a cor deve predominar aqui, transmitindo, com sua simplificação, um estilo maior às coisas para sugerir o repouso ou o sono. A visão do quadro deve descansar a cabeça ou, mais além, a imaginação. As paredes são de um violeta pálido. O chão é de quadros vermelhos. A madeira da cama e das cadeiras são de um amarelo de manteiga fresca; o lençol e os travesseiros, limão verde muito claro. A colcha é vermelha escarlate. A janela, verde. O lavatório, alaranjado; a cuba, azul. As portas são lilases. E isso é tudo - nada mais neste quarto com os postigos fechados. O quadrado dos móveis deve insistir na expressão de repouso inquebrantável. Os retratos na parede, um espelho, uma garrafa e algumas roupas. A moldura - como não há branco no quadro - será branca."Poucas vezes, o artista mostrou uma visão tão precisa de uma obra, uma descrição tão detalhada dos elementos da composição. E explicou a razão pela qual a pintou: a sensação de repouso e descanso.

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"O quarto de Van Gogh em Arles"- Vincent van Gogh - 1889. 3º quadro.


Essa sensação, no fundo, é a que buscava o pintor naquele momento: tranquilidade quando se sentia inquieto. Como em outras fases da vida, seus sentimentos se contrapunham de modo vertiginoso. Por um lado, tinha motivos para se sentir animado: descobria novas paisagens e uma nova luz; imaginava estar perto de sua desejada associação de artistas e esforçava-se para que Gauguin e Bernard se mudassem para a casa amarela de Arles. Por outro lado, inquietava-se por continuar sem vender obras, sentia-se excitado diante da iminente proximidade de Gauguin - por quem nutria profunda admiração e latente sensação de temor e rivalidade - e de quem precisava força e proteção, mas repudiava a segurança. Em meio a essas contradições, seu dormitório tinha de transmitir a sensação de paz, de ordem, de lar que funcionava com normalidade, o que, de fato, acontecia. Percebe-se até uma ternura na autera disposição de cada móvel e objeto. Possivelmente pelo carinho que sentia ao realizar esta obra - sem excluir os ganhos de cor, que chegam ao limite de uma obra capital -, Vincent a considerava uma peça profunda e chave de sua produção.

No início de maio de 1889, Vincent enviou a obra para Paris a dim de que seu irmão a emoldurasse. O quadro, porém, havia sofrido grave deterioração e retornou a Arles para que, antes de restaurá-lo, o artista o copiasse. Ele fez uma versão bastante livre e, animado pelo resultado, fez outra. Esta última imaginou presentear sua mãe e sua irmã Wilhemina.


1. As cadeiras. Surpreende a presença de duas cadeiras em um aposento individual. Parece que, com os dois assentos, Van Gogh pretendeu transmitir a ideia de companhia. Além disso, o pintor utilizou a cadeira do fundo para reforçar a perspectiva do lado esquerdo em combinação com a que surge em primeiro plano. No entanto, rompe a harmonia da perspectiva da mesa em relação ao ponto de vista.







2. A mesa e o espelho. Juntamente com o restante do mobiliário, a mesa também transgride as leias da perspectiva. Entre as três cópias existentes, é a pior desenhada, devido ao deslocamento do lado esquerdo em relação a parte frontal, onde está a gaveta. Sobre o móvel descansam uma garrafa, um copo, uma bacia com um jarro em seu interior, um prato com sabão e um par de frascos e de escovas. O espelho também não mantém a perspectiva. Além disso, nas duas cópias de 1889, o espelho se encontra pendurado em um canto que não existe na primeira versão.


3. O chão.  É significativamente diferente do piso das interpretações anteriores tanto em textura como em cor. Em variações de cor vermelha e verde, as pinceladas parecem simular faixas de madeira mais estreitas, de aparência mais compacta do que nas versões precedentes.







4. Os quadros. O tema dos quadros é diferente em cada uma das três versões. Nesta, como na segunda, pintada em setembro de 1889, a paisagem situada na cabeceira da cama tem um valor especial. Já instalado em Saint-Rémy, o artista parece sublinhar o sentimento de solidão com a reprodução desta pintura a óleo - Árvore balançando com o vento, pintado em 1883. Nos quadros desta verãos, feita para a mãe e a irmã, identifica-se um dos auto-retratos de Van Gogh pintados também naquele período e o característico lenço de pescoço, o de uma arlesiana, provavelmente.

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Reprodução - "Quarto em Arles" - Vincent van Gogh - 1889




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As informações aqui apresentadas, foram extraídas da coleção Folha "Grandes Mestres da Pintura". 


Referência:
coordenação e organização Folha de São Paulo; tradução Martín Ernesto Russo. Vincent Van Gogh - Coleção Folha Grande Mestres da Pintura; 1. Barueri-SP: Editorial Sol 90, 2007.



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