segunda-feira, 27 de maio de 2019

Passeio no parque do castelo Kammer - Gustav Klimt




"Passeio no parque do castelo Kammer"


Criador: Gustav Klimt
1912
Óleo sobre tela
110 x 110cm
Österreichische Galerie, Viena (Austria).



Klimt passou os verões de 1908 a 1912 com Emilie Flöge em Oleander, no povoado de Kammer, às margens do lago Atter. Nos meses estivais pintou o castelo Kammer e seu entorno. Entre 1908 e 1910, executou três visitas ao castelo a partir do lago. As duas seguintes foram feiras em terra firme. Passeio no parque do castelo Kammer é a última da série. 

Em contraste com a maioria de suas paisagens, que privilegiavam a pintura plana, a obra aqui reproduzida constitui uma exceção por sua acentuada perspectiva com ponto de fuga tão baixo. A partir do verão de 1908, Klimt ensaiou paisagens cuja linha do horizonte descia paulatinamente, como demonstram as diversas vistas do castelo a partir do lato Atter ou Jardim com crucifixo. 

Aqui Klimt renunciou à visão frontal e compôs uma perspectiva assimétrica, com o arvoredo do passeio que conduz à entrada do castelo. O pintor deslocou o ponto de vista para a direito para que o espelho do lago aparecesse entre as árvores do lado contrário. Esse movimento gera grande tensão e responde pelo dinamismo da cena. A sensação de profundidade produzida pelo alinhamento das árvores é acentuada pela elevação dos galhos com densa folhagem. A frondosa abóbada impede qualquer fuga e dirige o olhar do espectador na direção estabelecida pela estreita perspectiva.

Tanto pelo espaço que ocupa na composição como pelo domínio cromático, o arvoredo é o motivo principal da tela, apesar de as cores quentes do castelo - vermelho e amarelo - captarem a atenção no primeiro momento. 

Pelo estilo de pincelada e pela gama cromática dominante - tons malva, azuis e verdes -, o quadro guarda semelhança com a pintura de Vincent van Gogh. De fato, em 1903, a Secessão organizara uma grande exposição de pintura francesa, na qual esteve presente a obra do pintor holandês. Três anos depois, a Galeria Miethke, com a qual Klimt mantinha relação bastante próxima, inaugurou uma grande exposição monográfica dedicada a Van Gogh. A partir de então, e após suas dias viagens a Paris em 1909 e 1911, Klimt se inspirou no estilo e nos motivos de Van Gogh: jardins e girassóis com fundos movimentados, sinuosos e simbolistas.

Pela densa aplicação da cor, pelas pastosas, amplas e frenéticas pinceladas e pelos grossos contornos pretos das árvores, essa é a obra de Klimt em que a influência de Van Gogh é mais evidente. Diferentemente do pintor holandês, porém, Klimt não incluiu a figura humana em suas paisagens. 
A Le Marchand Pinturas conta em seu acervo com algumas reproduções/réplicas, desta obra tão magnífica e encantadora que é Passeio no parque do castelo Kammer. 

A foto abaixo é a foto real de uma dessas reproduções que temos em estoque. Clique na imagem da tela para saber mais. 

https://lemarchand.com.br/reproducoes-gustav-klimt-60x90cm-rgk-5-00072
Passeio no parque do castelo Kammer - Gustav Klimt

Temos essa reprodução belíssima deste quadro famoso, para decoração em diversos tamanhos.

A riqueza dos detalhes desta tela, realmente impressiona. Assim como a tela original, esta reprodução da foto foi pintada em óleo sobre tela.

Temos muitas opções de quadros com molduras. A decoração de casa com quadros e telas em geral é muito diversificada. 

Os ambientes decorados com telas reproduções ganham um toque especial, pela estética que trazem consigo, bem como pela história por trás de cada obra. 

Esta obra do Klimt em especial, por ter referência em outros pintores, mas imprimindo sua personalidade.

Para adquirir essas e outras reproduções, entre em contato conosco. Ou visite www.lemarchand.com.br. Tenho certeza que teremos uma pintura perfeita pra você.

As informações aqui apresentadas, foram extraídas da coleção Folha "Grandes Mestres da Pintura". 


Referência:
coordenação e organização Folha de São Paulo; tradução Martín Ernesto Russo. Gustav Klimt - Coleção Folha Grande Mestres da Pintura; 20. Barueri-SP: Editorial Sol 90, 2007.

sábado, 25 de maio de 2019

História de "O quarto de Van Gogh em Arles"- Vincent van Gogh - 1889


"O quarto de Van Gogh em Arles"


1889
Óleo sobre tela
57,5 x 74cm
Musée d'Orsay, Paris (França).

Como se quisesse registrar a visão externa e interna de sua casa em Arles, Van Gogh pintou, duas semanas depois de finalizar A casa amarela, em outubro de 1988, a primeira versão dos três quadros que fez de seu quarto. "Hoje voltei a me dedicar à tarefa. Meus olhos ainda estão cansados, mas, enfim, tive uma ideia nova e este é o croqui. Desta vez, é simplesmente meu dormitório; só que a cor deve predominar aqui, transmitindo, com sua simplificação, um estilo maior às coisas para sugerir o repouso ou o sono. A visão do quadro deve descansar a cabeça ou, mais além, a imaginação. As paredes são de um violeta pálido. O chão é de quadros vermelhos. A madeira da cama e das cadeiras são de um amarelo de manteiga fresca; o lençol e os travesseiros, limão verde muito claro. A colcha é vermelha escarlate. A janela, verde. O lavatório, alaranjado; a cuba, azul. As portas são lilases. E isso é tudo - nada mais neste quarto com os postigos fechados. O quadrado dos móveis deve insistir na expressão de repouso inquebrantável. Os retratos na parede, um espelho, uma garrafa e algumas roupas. A moldura - como não há branco no quadro - será branca."Poucas vezes, o artista mostrou uma visão tão precisa de uma obra, uma descrição tão detalhada dos elementos da composição. E explicou a razão pela qual a pintou: a sensação de repouso e descanso.

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"O quarto de Van Gogh em Arles"- Vincent van Gogh - 1889. 3º quadro.


Essa sensação, no fundo, é a que buscava o pintor naquele momento: tranquilidade quando se sentia inquieto. Como em outras fases da vida, seus sentimentos se contrapunham de modo vertiginoso. Por um lado, tinha motivos para se sentir animado: descobria novas paisagens e uma nova luz; imaginava estar perto de sua desejada associação de artistas e esforçava-se para que Gauguin e Bernard se mudassem para a casa amarela de Arles. Por outro lado, inquietava-se por continuar sem vender obras, sentia-se excitado diante da iminente proximidade de Gauguin - por quem nutria profunda admiração e latente sensação de temor e rivalidade - e de quem precisava força e proteção, mas repudiava a segurança. Em meio a essas contradições, seu dormitório tinha de transmitir a sensação de paz, de ordem, de lar que funcionava com normalidade, o que, de fato, acontecia. Percebe-se até uma ternura na autera disposição de cada móvel e objeto. Possivelmente pelo carinho que sentia ao realizar esta obra - sem excluir os ganhos de cor, que chegam ao limite de uma obra capital -, Vincent a considerava uma peça profunda e chave de sua produção.

No início de maio de 1889, Vincent enviou a obra para Paris a dim de que seu irmão a emoldurasse. O quadro, porém, havia sofrido grave deterioração e retornou a Arles para que, antes de restaurá-lo, o artista o copiasse. Ele fez uma versão bastante livre e, animado pelo resultado, fez outra. Esta última imaginou presentear sua mãe e sua irmã Wilhemina.


1. As cadeiras. Surpreende a presença de duas cadeiras em um aposento individual. Parece que, com os dois assentos, Van Gogh pretendeu transmitir a ideia de companhia. Além disso, o pintor utilizou a cadeira do fundo para reforçar a perspectiva do lado esquerdo em combinação com a que surge em primeiro plano. No entanto, rompe a harmonia da perspectiva da mesa em relação ao ponto de vista.







2. A mesa e o espelho. Juntamente com o restante do mobiliário, a mesa também transgride as leias da perspectiva. Entre as três cópias existentes, é a pior desenhada, devido ao deslocamento do lado esquerdo em relação a parte frontal, onde está a gaveta. Sobre o móvel descansam uma garrafa, um copo, uma bacia com um jarro em seu interior, um prato com sabão e um par de frascos e de escovas. O espelho também não mantém a perspectiva. Além disso, nas duas cópias de 1889, o espelho se encontra pendurado em um canto que não existe na primeira versão.


3. O chão.  É significativamente diferente do piso das interpretações anteriores tanto em textura como em cor. Em variações de cor vermelha e verde, as pinceladas parecem simular faixas de madeira mais estreitas, de aparência mais compacta do que nas versões precedentes.







4. Os quadros. O tema dos quadros é diferente em cada uma das três versões. Nesta, como na segunda, pintada em setembro de 1889, a paisagem situada na cabeceira da cama tem um valor especial. Já instalado em Saint-Rémy, o artista parece sublinhar o sentimento de solidão com a reprodução desta pintura a óleo - Árvore balançando com o vento, pintado em 1883. Nos quadros desta verãos, feita para a mãe e a irmã, identifica-se um dos auto-retratos de Van Gogh pintados também naquele período e o característico lenço de pescoço, o de uma arlesiana, provavelmente.

A Le Marchand Pinturas conta em seu acervo com algumas reproduções/réplicas, desta obra tão magnífica e encantadora que é "O quarto de Van Gogh em Arles". 

A foto abaixo é a foto real de uma dessas reproduções que temos em estoque. Clique na imagem da tela para saber mais.    
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Reprodução - "Quarto em Arles" - Vincent van Gogh - 1889




Temos essa reprodução belíssima deste quadro famoso, para decoração em diversos tamanhos

A riqueza dos detalhes desta tela, realmente encanta e tranquiliza. Assim como a tela original, esta reprodução da foto foi pintada em óleo sobre tela.

O Artista que reproduziu esta tela, conseguiu transmitir todo o contexto passado por Van Gogh, e o compartilhou mais uma vez ao reproduzir a obra.

Temos muitas opções de quadros com molduras. A decoração de casa com quadros e telas em geral é muito diversificada. 

Os ambientes decorados com telas reproduções ganham um toque especial, pela estética que trazem consigo, bem como pela história por trás de cada obra.
 
Para adquirir essas e outras reproduções, entre em contato conosco. Ou visite www.lemarchand.com.br. Tenho certeza que teremos uma pintura perfeita pra você.

As informações aqui apresentadas, foram extraídas da coleção Folha "Grandes Mestres da Pintura". 


Referência:
coordenação e organização Folha de São Paulo; tradução Martín Ernesto Russo. Vincent Van Gogh - Coleção Folha Grande Mestres da Pintura; 1. Barueri-SP: Editorial Sol 90, 2007.



quinta-feira, 23 de maio de 2019

História de "O Almoço dos Barqueiros" - Pierre-Auguste Renoir


"O Almoço dos Barqueiros"


Criador: Pierre-Auguste Renoir
1880-1881
Óleo sobre tela
130x173
The Phillips Collection Washington (Estados Unidos)

Ao iniciar a pintura deste quadro, no verão de 1880, Renoir estava consciente de seu ambicioso projeto. Assim, o artista escreveu ao amigo Bérard: "Estou em Chatou. Comecei a pintar um quadro de remadores, rema que me tentava havia tempo. De vez em quando, é preciso buscar coisas que estejam acima das próprias forças". Na verdade, a estalagem em Fournaise, com seu clima de festa, a multidão alvoroçada e o colorido local, serviu de inspiração para que Renoir produzisse um dos quadros mais importantes do movimento impressionista.

Embora adaptada ao mundo profano, essa tela evoca determinados elementos da obra As bodas de Caná, de Veronés. Esse quadro era um dos preferidos de Renoir a ponto de querer v6e-lo quando esta em seus últimos dias de vida.

lemarchand.com.br
"O almoço dos barqueiros" - Pierre-Auguste Renoir - 1880-1881
Aqui, o clima de alegria popular se assemelha ao de Le Moulin de la Galette. Pintado cinco anos depois, porém, o tempo de execução havia mudado. Como de costume, Renoir representou seus amigos e clientes habituais daquele estabelecimento. Desta vez, contudo, não misturou os personagens à atmosfera com pinceladas cintilantes. O Artista procurou, isto sim, transmitir um autêntico respeito pela nitidez das formas.

A composição se ordena a partir de duas diagonais. Uma delas agrupa os homens com camiseta, arquétipos dos remadores. A outra parte vai da toalha de mesa, no canto esquerdo da tela, em direção à extremidade superior direita, gerando desse modo, um efeito de profundidade. Na interseção das duas linhas destaca-se a mesa do almoço, motivo da reunião de múltiplos personagens, como se fosse uma natureza-morta.

Um raio de sol ilumina Aline Charidot, então companheira de Renoir e que, mais tarde, se tornaria sua esposa e mãe de seus três filhos. Aline exala frescor e sensualidade com seu chapéu enfeitado de papoulas, cujo vermelho se repete no toldo que banha a sacada de tons quentes. Por trás dela, o filho dos Fournaise parece contemplar o animado encontro. Junto ao balaústre, sua irmã Alphonsine escuta com aparência tranquila a conversa do barão Barbier.

Na parte anterior do quadro, a naturalidade de aline contrasta com a sofisticação da moça da direita, a elegante atriz Ellen Andrée, que, sob olhar atento do jornalista Maggiolo, parece se dirigir a seu jovem vizinho. Este, por sua vez, em vez de olhar para ela, prefere mirar para frente.

Na parte posterior aparecem, ligeiramente imprecisos, uma mulher chamada Angèle, um homem com chapéu - seguramente o financeiro Ephrussi - e os amigos Lestringuez e Lhote, que se divertem com a atriz Jeanne Samary. Rodeados pela paisagem verde, os diferentes grupos se integram dentro dessa atmosfera alegre e descontraída que confere unidade à cena.




Aline e o cachorrinho. Cara a cara com seu cão, Aline desprende uma aparência humorística, já que Renoir destaca o perfil de sua futura esposa, com seu gracioso nariz arrebitado e seus lábios voluptuosos, comparando-os com o pequeno focinho do bicho de estimação.





A Le Marchand Pinturas conta em seu acervo com algumas reproduções/réplicas, desta obra tão magnífica e encantadora que é "O Almoço dos Barqueiros". 

A foto abaixo é a foto real de uma dessas reproduções que temos em estoque. Clique na imagem da tela para saber mais.        

https://lemarchand.com.br/o-almoco-dos-barqueiros-pierre-renoir-rpr-4-00006


A riqueza dos detalhes desta tela, realmente impressiona. Assim como a tela original, esta da foto foi pintada em óleo sobre tela.

O Autor desta reprodução, entendeu perfeitamente o contexto retratado por Renoir, e o transmitiu mais uma vez ao reproduzir a obra.

Este é o vídeo de outra reprodução de "O almoço dos Barqueiros", também muito detalhista, e que nos transmite exatamente a alegria e descontração vivida naquele momento tão especial, retratado pelo artista.



Para adquirir essas e outras reproduções, entre em contato conosco. Ou visite www.lemarchand.com.br. Tenho certeza que teremos uma pintura perfeita pra você.

As informações aqui apresentadas, foram extraídas da coleção Folha "Grandes Mestres da Pintura". 


Referência:
coordenação e organização Folha de São Paulo; tradução Martín Ernesto Russo. Pierre-Auguste Renoir - Coleção Folha Grande Mestres da Pintura. Barueri-SP: Editorial Sol 90, 2007. 16 p.


quarta-feira, 22 de maio de 2019

Le Marchand Pinturas - História

Olá, sejam bem vindos ao blog da LeMarchand Pinturas. 

Aqui traremos informações e curiosidades interessantes sobre pinturas em gerais.

Algumas dessas pinturas são de artistas renomados, e foram reproduzidas por inúmeras vezes, e trazem consigo uma vasta história, que é desconhecida por muitos.
 
Além da comercialização de pinturas feitas à mão em óleo sobre tela, inclusive de reproduções e réplicas famosas, que já realizamos em nossa loja online, criamos este blog para levar ao público em geral, amantes de pinturas e arte, essas histórias e informações que certamente vão agregar ainda mais valor de conhecimento à essas peças, que apesar de tão essenciais ao nosso dia dia, ainda são tão raras de se encontrar. 

História da LeMarchand Pinturas: 

Tudo começou no ano 1996. A nossa família, Munhoz Pinto, mudou-se do Brasil para os Estados Unidos da América e, durante quase seis anos, lá residimos.

Como grandes amantes da arte em geral que somos, durante esse período adquirimos diversas pinturas em óleo sobre tela sendo, a maioria delas, perfeitas réplicas de pinturas mundialmente conhecidas. 

Quando retornamos ao Brasil trouxemos na mudança esse magnífico acervo que despertou nos amigos que nos visitavam um grande interesse na aquisição dessas obras. 

Ao identificarmos esse atraente nicho de mercado, bem como o despertar de curiosidade a cerca das histórias de algumas pinturas, iniciamos uma intensa pesquisa para viabilizar a aquisição dessas obras para comercialização. Em 2006 nasce a Le Marchand Pinturas com a proposta de oferecer pinturas de bom gosto e qualidade, com preços acessíveis e facilidades de pagamento. 

Desde então, através da sólida parceria estabelecida com empresas e profissionais de decoração, tem consolidado sua condição de líder neste segmento de mercado.

Esperamos que, de alguma forma, possamos proporcionar à você momentos preciosos de conhecimento e descontração.